Saltar para: Posts [1], Pesquisa e Arquivos [2]

CinemaIndie

“Quanto mais filmes podemos ver, mais vemos os mesmos filmes.” Jean-Michel Frodon


  • Início
  • Arquivo
  • Pesquisa
  • Tags

navegação

  • « dia anterior
  • início
  • dia seguinte »

Mais sobre mim

foto do autor

  • ver perfil
  • seguir perfil

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.

calendário

Março 2018

D S T Q Q S S
123
45678910
11121314151617
18192021222324
25262728293031
  • « Fev
  • Abr »

Arquivo

2019

  • Maio

2018

  • Setembro
  • Junho
  • Maio
  • Abril
  • Março
  • Fevereiro
  • Janeiro

2017

  • Dezembro
  • Novembro
  • Outubro
  • Setembro
  • Junho
  • Maio
  • Abril

Pesquisar

 


Monstra 2018: 10 filmes a não perder

por Roni Nunes, Sexta-feira, 09.03.18
Galeria disponível em: https://mag.sapo.pt/cinema/atualidade-cinema/fotos/monstra-2018-10-filmes-a-nao-perder
 
 
O maior festival de animação de Portugal arranca hoje (08/03) no cinema São Jorge, em Lisboa, e decorre até o dia 18. Diversos espaços abrigam a programação, entre os quais a Cinemateca Portuguesa. O SAPO Mag conversou com o diretor do festival, Fernando Galrito, e escolheu dez propostas imperdíveis. POR RONI NUNES.
 
 
  • O maior festival de animação de Portugal arranca hoje (08/03) no cinema São Jorge, em Lisboa, e decorre até o dia 18. Diversos espaços abrigam a programação, entre os quais a Cinemateca Portuguesa. O SAPO Mag conversou com o diretor do festival, Fernando Galrito, e escolheu dez propostas imperdíveis. POR RONI NUNES.

 

  • Clássico absoluto de Sylvain Chomet e uma das mais famosas obras do cinema de animação com temas adultos. Lançado em 2003, conta a história de um menino raptado durante a Tour de France para ser escravizado. A avó, madame Souza, personagem lusitana que aparece a cantar “uma casa portuguesa com certeza”, sai à procura do neto na companhia de um cão e vai parar a cidade de Belleville.

 

  • Segundo o diretor da Monstra, trata-se de um “filme muito bonito que reúne duas técnicas – a animação de marionetas e a pixilação. É uma história inspirada no Pequeno Polegar - apresentada de forma diferente e muito forte.” No enredo, o protagonista encontra uma variedade de criaturas estranhas e uma raça de humanos de miniaturas como ele próprio.

 

  • O clássico homónimo dos Beatles inspirou um dos grandes marcos da história do cinema de animação – a obra realizada por George Dunning em 1968. Entre as aventuras da terra de Pepperland, sobressaem os próprios anos 60, com as suas cores e manifestações psicodélicas e da “pop art” – misturadas aos seus ideais de paz e amor e uma crítica subtil à Guerra do Vietname.

 

  • Um dos destaques da Monstra é a secção dedicada à animação da Estónia, um dos baluartes no género na Europa de Leste. Fernando Galrito sugere, por exemplo, este filme de Mais Laas que apresenta a primeira ópera pensada e realizada para o cinema de animação de marionetas. A exibição será em 3D, formato no qual a Estónia foi pioneira – ainda nos tempos da antiga União Soviética.

 

  • Outro nome que já não necessita de grandes apresentações, Paul Driessen (foto) faz na Monstra a antestreia mundial do seu novo trabalho. O filme parte da premissa de que Deus, quando criou o mundo, esqueceu-se de criar a banda sonora – que a partir de então é inventada de forma particularmente anárquica. Segundo Galrito, “pode-se imaginar o que isso permite à capacidade inventiva de um mestre como Driessen".

 

  • Um dos homenageados nas três retrospetivas dedicadas ao Japão é Mamoru Hosoda que, como observa o diretor da Monstra, “tem um toque muito especial, que corta com a tradição em termos estéticos com a animação clássica japonesa”. O filme, de 2006, é sobre uma menina que consegue voltar no tempo – e modificá-lo pode ser algo tão tentador quanto arriscado.

 

  • Recentemente na lista final dos Óscares para Melhor Animação, essa obra de Nora Twomey abre a secção competitiva da Monstra. Traz diversas problemáticas (de género, de condição social, políticas) ao contar a história de uma menina inserida numa cultura onde as mulheres não têm direito a nada e tem de se travestir de rapaz para conseguir sustento para família quando o pai está preso.

 

  • Um filme chinês de um realizador (Liu Jian) que já ganhou um prémio na Monstra com a sua primeira longa-metragem. Tal como muito do cinema do país na atualidade, aborda o confronto entre duas Chinas – onde a lentidão do universo oriental tradicional choca de forma aguda a velocidade estonteante da contemporaneidade.

 

  • Contradições são o que não falta em Itália, onde o lado bonito e ostentador convive com o universo do gangster, do controlo do dinheiro, do submundo. “O filme mostra muito bem essa subdivisão dentro destes dois mundos distantes, mas perturbadores e muito agressivos de diferentes formas”, observa Galrito.

 

  • Os comedores de meias são pequenas criaturas invisíveis responsáveis pelas meias que desaparecem quando resta apenas uma… Segundo o diretor da Monstra, esta obra da Competição é especialmente dedicada aos mais novos. “É um filme da República Checa muito bonito, com uma história que todas as crianças já imaginaram algum dia”.
 

Autoria e outros dados (tags, etc)

Tags:

  • monstra 2018

por Roni Nunes às 22:51

  • link do post
  • comentar
  • favorito
  • partilhar

Estónia, Japão e o submarino amarelo: arranca hoje (08/03) a Monstra

por Roni Nunes, Sexta-feira, 09.03.18

Originalmente postado em C7nema.

Por Roni Nunes

 

Quase 600 filmes de 93 países e representando cinco continentes são o resultado de uma busca da diversidade que carateriza o maior festival de animação portuguesa. A Monstra 2018 abre oficialmente hoje (08/03) no cinema São Jorge, em Lisboa, depois de A Idade da Pedra ter sido exibida ontem como uma antestreia ao circuito comercial. O festival decorre até dia 18 e espalha uma panóplia de filmes e atividades paralelas por diversos espaços da cidade.

 

Para a sessão de Abertura ficou reservado a antestreia mundial de 4 Estados da Matéria, obra portuguesa de Miguel Pires de Matos, seguido de O Círculo, trabalho do país homenageado deste ano, a Estónia, e realizado por um dos seus cineastas mais conhecidos, Terje Henk. De assinalar ainda a possibilidade de conversar com Nick Park, o célebre animador dos estúdios Aardman responsável por obras comoA Fuga das Galinhas e Wallace & Gromit – A Maldição dos Homens-Coelho (em exibição no festival) num encontro com o público que ocorre no sábado, dia 10.

 

Diversidade

 

Em conversa com C7nema o diretor da Monstra, Fernando Galrito, salientou os princípios de humanismo e busca de diversidade que norteiam o certame. Segundo ele, o festival oferece um espaço privilegiado de encontros e partilhas que vão ao encontro dos mais salutares princípios humanistas – isto em tempos que este parece regredir.

 

Da mesma forma, a intolerância é fortemente combatida com uma programação que abrange uma vastidão geográfica em escala planetária. "Se conhecermos sociedades distantes da nossa, percebemos que apenas uma minoria promove a violência. A maioria deles quer partilhar o mesmo que nós, a sua cultura. Assistindo-se animações de outros lugares percebemos que eles não são tão diferentes de nós", observa.

 

Clássicos

 

 

Entre os clássicos do cinema de animação que a Monstra recupera estáSubmarino Amarelo, de 1968. Nesta aventura dos Beatles na Pepperland os "fab four" inspiram com uma das suas músicas mais famosas um filme único que é a cara do final dos anos 60 – com seus "slogans" de paz e amor e as cores fortes da psicodelia. "É uma espécie de tratado artístico, sociológico e político de uma época, uma obra que vale a pena rever", diz. Submarino Amarelo foi realizado por George Dunning e traz a estreia na animação de Paul Driessen, mestre belga que também estará em Lisboa e cuja nova curta-metragem, A Origem do Som, aparece na Sessão de Encerramento em antestreia mundial.

 

Já Belleville Rendez-Vous é uma das obras-primas de Sylvain Chomet. A história que liga desporto (a Tour de France) e abuso infantil tornou-se num dos filmes mais notórios dos anos 90. Conforme analisa Galrito, "do ponto de vista estético é muito forte e marca um quase 'lado cubista' de Chomet, carregado de influências musicais e muita inventividade".

 

Competição

 

Image result for breadwinner c7nema.net

 

Breadwinner (A Ganha-Pão), que no início da semana era um dos cinco nomeados para o Oscar de Animação, abre a Competição. Conforme o diretor da Monstra, "é um trabalho tocante que tem a ver com os dramas que estamos a viver atualmente, abordando a questão dos refugiados, as diferenças de género ainda muito fortes em algumas culturas e as dificuldades económicas, que obrigam os mais pobres a usar a criatividade para sobreviver. Nos faz pensar muito sobre a vida atual".

 

Outros destaques da Competição são A Gata Cinderela, obra que aborda as profundas contradições da sociedade italiana atual, Tem um Bom Dia, sobre o choque entre o velho e o novo na China e, para todas as idades, trabalhos como Os Comedores de Meias, da República Checa.

 

Japoneses

 

 

Os japoneses serão objeto de três retrospetivas. Galrito faz as apresentações: "Mamoru Hosoda é um grande realizador e terá uma mostra com quatro filmes, onde um dos quais já ganhou um prémio na Monstra na nossa primeira Competição. Ele é da nova geração e sai um bocado fora do manga mais original. Todos os amantes de cinema de animação em geral, japonesa em particular, não podem perder".

 

Já Kunio Kato é o oscarizado responsável por A Casa dos Pequenos Cubos e traz "um novo olhar, mais fresco", enquanto Koji Yamamura tem trabalhado, ao longo dos últimos dez anos, a partir de músicas de grandes compositores. O cineasta terá retrospetiva com "três obras fabulosas" e estará em Lisboa para uma masterclass com membros da sua equipa de criação de Water Dreams.

 

De destacar ainda Gauche, O Violoncelista, trabalho de um dos criadores dos estúdios Gigbli, Isao Takahata, e nunca estreado em Portugal. "É um filme muito bonito de um grande mestre, que de certa forma fez a transição entre a banda desenhada e o cinema".

 

Estónia

 

 

Haverá quem não saiba onde fica este pequeno país do Báltico e uma das repúblicas da falecida União Soviética. Apesar da sua dimensão, no entanto, segundo Fernando Galrito é um dos grandes centros de produção de animação da Europa – construindo uma longa tradição iniciada em 1931 e fortalecida durante o período soviético. O país foi pioneiro no uso do 3D na animação de marionetas e sediou uma escola em constante renovação por sucessivas gerações. Além disto, o trabalho não se parece com nada feito nos Estados Unidos, na França ou no Japão. "É um cinema de grande personalidade, único. É mais fácil encontrar cineastas russos influenciados pelos estónios do que o contrário", conclui.

 

Autoria e outros dados (tags, etc)

Tags:

  • monstra 2018

por Roni Nunes às 19:36

  • link do post
  • comentar
  • favorito
  • partilhar

Comentários recentes

  • Cleber Nunes

    Sem dúvida é um filme que me despertou interesse ...


Posts recentes

  • Paulo Sacramento: "Não po...
  • “Exploitation” à brasilei...
  • MOTELx: “nós adoramos mon...
  • Motelx: “Extirpar a sexua...
  • Iris Bry: atriz revelação...

Posts mais comentados

  • Numa Itália destruída, gé...(1)

Tags

  • cinema alternativo
  • cinema brasileiro
  • cinema português
  • críticas
  • doclx 2017
  • em cartaz
  • entrevistas
  • festa do cinema italiano 2017
  • festa do cinema italiano 2018
  • festival de cannes 2018
  • festival sevilha 2017
  • indielisboa 2017
  • indielisboa 2018
  • indiemusic
  • kino 2018
  • monstra 2018
  • mostra américa latina
  • motelx 2017
  • retrospetivas
  • sundance 2018

mais tags



subscrever feeds

  • Posts
  • Comentários

blogs SAPO

navegação

  • « dia anterior
  • início
  • dia seguinte »

Voltar ao topo | Alojamento: Blogs do SAPO

Esta página utiliza cookies. Consulte a nossa Política de cookies.