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“Quanto mais filmes podemos ver, mais vemos os mesmos filmes.” Jean-Michel Frodon
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Artigo originalmente postado no Sapo.
Por Roni Nunes
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A vastidão e a riqueza musical da cultura negra norte-americana serviu de fonte para os franceses, que foram buscar a Frankie Knuckles e aos diversos palcos da "house" americana (Chicago, Detroit, Nova Iorque) a inspiração para um movimento destinado à massificação e expansão internacional. A história é contada por Julian Starke em "French Waves", obra integrante de uma ação multimédia que inclui uma série, uma tour e um site.
Conforme recorda Laurent Garnier, os DJs foram uma possibilidade posterior de rebeldia para uma geração que não tinha idade para beneficiar dos feitos revolucionários dos "punks". Mas o espírito de libertação coletiva foi levado suficientemente a sério pela polícia, pelo menos quando esta conseguia localizar as "raves" clandestinas que passaram a ser construídas em nome de uma celebração comunitária.
Os grandes ideais do passado estavam enterrados, mas essa vivência assumidamente hedonista ("era um movimento sem demandas", recorda o DJ Agora) continuava a ter o seu "quê" de rebeldia. "Porquê importar esse lixo da Inglaterra?", bradavam os conservadores.
Além de Garnier, muitos nomes destinados a cruzar as fronteiras dão o seu testemunho, como o multiplatinado Bob Sinclair, Cassius, Agora, Jacques, Justice e o "espectro" dos Daft Punk, pioneiros da música eletrónica francesa a mostrar que sucesso não comprometia a integridade.
Sem dúvida é um filme que me despertou interesse ...